SOBRE VENCER OS MEDOS
segunda-feira, 15/03/21 17:35Olá, pessoal! Nessa inauguração da minha coluna, pensei em tanta coisa para falar, mas vou começar fazendo um desabafo: vocês não sabem o meu sofrimento para escrever! É sério mesmo e, desde que me veio o convite, passando pelo meu aceite, até a publicação, já pensei um milhão de vezes em desistir. Afinal, nunca fui muito boa na escrita e minha profissão ainda carrega um estereótipo de que “engenheiros não sabem escrever”. Mas, venhamos e convenhamos, o SINJUS sempre, desde minha entrada como diretora suplente, me desafia a enfrentar e vencer meus medos e… Quer saber?! Parei com a ansiedade e comecei a pensar mesmo no que escrever.
Claro que a primeira ideia foi falar sobre o Dia Internacional da Mulher, aliás, corrigindo, Dia Internacional das Mulheres (como aprendi no livro da Ruth Manus), com um artigo que abordasse a imensidão e a importância dessa data, mas já foram publicadas tantas leituras interessantes e informativas sobre o assunto que desisti de falar sobre ele.
Aí pensei em escrever sobre o que estou estudando para o Núcleo das Mulheres e para minha vida. Confesso que o tempo está curto, pois, além de estar inscrita e tentando fazer uns seis cursos sobre o âmbito das mulheres e da luta nacional e dos servidores — “Por que lutamos?”, “Para entender o Marxismo”, “Para entender o Fascismo”, “Política e Democracia”, “Violência Feminina” –, ainda tenho o trabalho no TJ e no SINJUS, o combo “casa, filho e afins” e a leitura dos livros para o Círculo do Livro e de outros sobre política… Ufa! Assim, decidi começar algum desses assunto no próximo mês e, neste, quero conversar com vocês e dar o tom desta coluna: informação e entretenimento. Sim, esse será meu objetivo aqui: manter uma coluna mensal trazendo informações sobre o universo feminino e as lutas das mulheres, com meus toques pessoais (Claro!), em tom de bate-papo, em um clima mais descontraído e acolhedor, do jeito que estamos precisando nesta pandemia.
Então, continuando… Para não começar o artigo já falando em temas políticos, históricos ou feministas, que precisam de mais espaço e atenção, retomo o assunto dos meus medos que foram vencidos nos últimos anos. Vejo que atualmente viver já está sendo uma vitória, mas viver vencendo nossos medos é extremamente importante e, para mim, uma das formas de fazer isso foi admiti-los e nomeá-los. Eu era uma pessoa bastante insegura, que tinha medo do que os outros pensavam de mim, de expor minhas ideias e as pessoas me acharem rasa e sem conhecimento, medo de críticas à minha profissão, ao meu serviço, ao modo como crio meu filho, como me comporto, além do medo de falar em público e principalmente o de escrever.
A libertação, para mim, veio nos últimos anos principalmente quando passei a enxergar e admitir que não sou a única a me sentir assim, quando passei a aceitar e ver que, sim, tem coisas em que sou boa e outras em que não sou — e tudo bem! Acho que essas são as palavras que mais ouvi e, graças a Deus, introjetei no meu inconsciente, porque é uma maravilha acolher esse sentimento, essa constatação. Na verdade, admitir tudo isso me deixou com mais coragem, mais feliz e me deu liberdade para ser quem eu sou, e minha experiência pode até ajudar outras pessoas. A fórmula é simples e colocá-la em prática pode não ser, mas uma coisa eu posso garantir: vale a pena!
Agora acho até que não foi tão ruim essa experiência de escrita. Mas o que vocês acharam? Qual medo vocês gostariam de superar? Contem pra mim e vamos conversando até o nosso próximo bate-papo. Até o mês que vem!