SINJUS QUESTIONA TJMG SOBRE CONDIÇÕES INSALUBRES
terça-feira, 13/10/20 17:02Mal começou a primavera, mas as temperaturas elevadas deram um indicativo de como será o próximo verão em Belo Horizonte. A situação climática também serviu de alerta quanto às condições precárias em algumas instalações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Na última semana, servidores, terceirizados e estagiários procuraram o SINJUS-MG para denunciar ambientes de trabalho abafados e excessivamente quentes. Diante das reclamações, o Sindicato enviou Ofício Nº 138/2020 à Gerência de Saúde no Trabalho (Gersat) solicitando que sejam tomadas as providências necessárias, como a instalação de ar condicionado nesses setores, para garantir a saúde dos usuários, em especial os do edifício da Unidade Goiás.
Na quarta-feira, dia 7 de outubro, a capital mineira registrou seu recorde, com os termômetros marcando 38,4oC. Para agravar, a umidade do ar chegou a variar entre 10% e 20%, sendo que o considerado ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é entre 50% e 80%. Nessas condições climáticas, servidores relataram que estão tendo que trabalhar em salas sem ventilação, sem ar condicionado e até com janelas que sem a película de insulfilm, que ajuda a diminuir a temperatura do ambiente.
“O inverno acabou em 23 de setembro, mas apenas duas semanas depois já tivemos temperaturas muito elevadas que mostraram uma precariedade, sobretudo nas instalações da Unidade Goiás do TJMG. Estamos cobrando providências agora, pois há tempo hábil para a aquisição de equipamentos e adequações na estrutura predial até que o verão chegue efetivamente. É uma questão de saúde.”, afirma o coordenador-geral do SINJUS, Alexandre Pires.
Por isso, o SINJUS requereu à Gersat a urgente apuração das denúncias e que as medidas para garantir um ambiente seguro e saudável de trabalho sejam implementadas. No documento, foi ressaltado que a exposição prolongada ao calor excessivo provoca desidratação, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração, ansiedade e, em casos mais extremos, até pode intensificar quadros de depressão devido à redução das atividades cerebrais causadas pela falta de oxigenação no cérebro.
Vale destacar ainda que a Norma Regulamentadora 17, do Ministério da Economia, determina que locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes dos profissionais não podem estar com a umidade relativa do ar inferior a 40%. A NR 17 também prevê que esse ambiente de trabalho deve ter índice de temperatura efetiva entre 20°C e 23°C.
DENÚNCIAS
Se você tem conhecimento de alguma situação irregular em relação às condições e à estrutura de trabalho dos servidores, denuncie! Basta enviar mensagem para o e-mail [email protected]. Sua identidade será preservada.