SINJUS CULTURAL #25: ESPECIAL DIA DO LEITOR
sexta-feira, 08/01/21 20:15Em apenas três dias, Minas Gerais bateu dois recordes de infectados por Covid-19. Nesta sexta-feira, 8 de janeiro, o Estado ultrapassou a marca preocupante, chegando a 7.812 novos pacientes em 24 horas. Para que você preserve a sua saúde e a da sua família, curtindo o fim de semana sem sair de casa, o SINJUS Cultural traz novas recomendações de conteúdos. Esta é mais uma iniciativa da #QuarentenaComSINJUS.
Nesta semana foi comemorado o Dia do Leitor (7 de janeiro). Por isso, nesta edição, o SINJUS Cultural lista 5 livros que você deve ler em 2021. Confira:
A vida não é útil – Ailton Krenak
Em reflexões provocadas pela pandemia de Covid-19, o pensador e líder indígena Ailton Krenak volta a apontar as tendências destrutivas da chamada “civilização”: consumismo desenfreado, devastação ambiental e uma visão estreita e excludente do que é a humanidade. Um dos mais influentes pensadores da atualidade, Ailton Krenak vem trazendo contribuições fundamentais para lidarmos com os principais desafios que se apresentam hoje no mundo: a terrível evolução de uma pandemia, a ascensão de governos de extrema-direita e os danos causados pelo aquecimento global. Se, em meio à terrível pandemia, sentimos que perdemos o chão sob nossos pés, as palavras de Krenak despontam como os “paraquedas coloridos” descritos em seu livro “Ideias para adiar o fim do mundo”. “A vida não é útil” reúne cinco textos adaptados de palestras, entrevistas e lives realizadas entre novembro de 2017 e junho de 2020.
Para educar crianças feministas – Chimamanda Ngozi Adichie
Um texto comovente e propositivo de uma das maiores escritoras contemporâneas sobre como combater o preconceito pela educação. Após o enorme sucesso de “Sejamos todos feministas”, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, “Para educar crianças feministas” traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos. Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, a autora oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.
Torto arado – Itamar Vieira Junior
Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas vidas estarão ligadas — a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção. O livro é um relato fundamental para a compreensão do Brasil e das relações sociais construídas após décadas de escravidão e patriarcalismo. É leitura obrigatória para entendermos sobre o abuso nas relações trabalhistas, assédio moral, conhecer a voz de lideranças feministas, combater o racismo e incluir de vez a diversidade na agenda corporativa. Vencedor dos prêmios Jabuti e Oceanos (2020).
Duna – Frank Herbert
A vida do jovem Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao ambiente árido e severo de Arrakis, o ‘Planeta Deserto’. Envolvido numa intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos. Ecos de profecias ancestrais também o cercam entre os nativos de Arrakis. Seria ele o eleito que tornaria viáveis seus sonhos e planos ocultos? Uma estonteante mistura de aventura e misticismo, ecologia e política, este romance ganhador dos prêmios Hugo e Nebula deu início a uma das mais épicas histórias de toda a ficção científica e é considerado uma das maiores obras de fantasia de todos os tempos.
Lugar de fala – Djamila Ribeiro
Muito tem se falado ultimamente sobre o conceito de lugar de fala e muitas polêmicas acerca do tema têm surgido. Fazendo o questionamento de quem tem direito à voz numa sociedade que tem como norma a branquitude, masculinidade e heterossexualidade, o conceito se faz importante para desestabilizar as normas vigentes e trazer a importância de se pensar no rompimento de uma voz única com o objetivo de propiciar uma multiplicidade de vozes. Com o objetivo de desmistificar o conceito, Djamila Ribeiro contextualiza o indivíduo tido como universal numa sociedade cisheteropatriarcal eurocentrada, para que seja possível identificarmos as diversas vivências específicas e, assim, diferenciar os discursos de acordo com a posição social de onde se fala.