QUEM VOTOU A FAVOR DA LC 173/2020 NÃO PODE VOLTAR!
segunda-feira, 17/01/22 17:43Pelo menos metade dos deputados federais mineiros não deve voltar para a Câmara no ano que vem se depender dos servidores públicos. É que as categorias sabem muito bem quem são os parlamentares que votaram a favor da Lei Complementar 173/2020. A legislação congelou os salários e a carreira dos servidores públicos entre maio de 2020 e dezembro de 2021, prejudicando de forma substancial o serviço público prestado à população, em troca de ajuda emergencial aos estados e municípios para combate à pandemia do coronavírus.
Faltando pouco mais de oito meses para as Eleições, é importante destacar quem são esses deputados. Muitos, inclusive, também já se posicionaram favoráveis à Reforma Administrativa (PEC 32/2020) – outra tentativa de desmonte do serviço público. Dos 53 deputados federais que representam Minas na Câmara, 27 votaram favoravelmente ao congelamento dos salários, anuênios, triênios, quinquênios e das licenças-prêmio dos servidores.
Por ordem alfabética, são eles: Alê Silva (PSL), Bilac Pinto (DEM), Delegado Marcelo (PSL), Diego Andrade (PSD), Dimas Fabiano (PP), Dr. Frederico (PATRIOTA), Enéias Reis (PSL), Eros Biondini (PROS), EuclydesPettersen (PSC), Fábio Ramalho (MDB), Franco Cartafina (PP), Fred Costa (PATRIOTA), Gilberto Abramo (REPUBLICANOS), Greyce Elias (AVANTE), Junio Amaral (PSL), Lafayette Andrada (REPUBLICANOS), Léo Motta (PSL), Lincoln Portela (PL), Lucas Gonzalez (NOVO), Marcelo Aro (PP), Mauro Lopes (MDB), Misael Varella (PSD), Newton Cardoso Jr (MDB), Pinheirinho (PP), Stefano Aguiar (PSD), Tiago Mitraud (NOVO) e Zé Silva (SOLIDARIEDADE).
“Os servidores não se esqueceram desses parlamentares que sacrificaram, mais uma vez, o serviço público e que continuam beneficiando grandes empresas e a elite milionária”, afirma o coordenador-geral do SINJUS, Alexandre Pires.
Na época da votação da proposta no Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda ironizou a proposta que prejudicou as categorias. “Todo mundo está achando que, tão distraídos, abraçaram a gente, enrolaram com a gente. Nós já botamos a granada no bolso do inimigo – dois anos sem aumento de salário”, afirmou.
O poder nas suas mãos
A pressão dos servidores é um mecanismo fundamental para evitar novos retrocessos contra o serviço público. Nas eleições de 2018, por exemplo, os deputados federais que foram favoráveis à Reforma da Previdência tiveram o troco merecido. Dos 23 parlamentares membros da Comissão Especial da então PEC 287, que votaram a favor da proposta, apenas cinco conseguiram se reeleger. Já entre os 14 parlamentares que votaram contra, dez foram reconduzidos a um novo mandato (clique aqui e reveja matéria sobre o levantamento).
É hora de mostrar novamente que as servidoras e os servidores estão atentos aos posicionamentos dos deputados federais. As Eleições 2022 estão aí! Vote em quem defende os seus direitos!
SINDICATO É PRA LUTAR!