OPOSIÇÃO GARANTE CARREIRAS DOS SERVIDORES
sexta-feira, 12/03/21 16:07A luta contra a PEC Emergencial (PEC 186/2019) foi intensa nas últimas semanas. Os sindicatos e os servidores tiveram que correr contra o tempo e pressionar bastante os parlamentares para impedir os retrocessos contidos no texto original da proposta. O SINJUS-MG informou como se deu a mobilização para que fosse aprovada, nesta quinta-feira, 11 de março, na Câmara dos Deputados, uma versão mais amena da PEC. A ênfase vai para a articulação entre as entidades sindicais e os deputados de partidos de oposição.
A maior parte dos destaques apresentados pela Oposição pretendia retirar o limite de R$ 44 bilhões para pagar o auxílio emergencial e diminuir as restrições fiscais impostas, que impactavam de forma severa os servidores públicos. “Desde que a PEC Emergencial começou a tramitar no Congresso, os partidos de oposição se esforçaram para travar a pauta e garantir o fatiamento da proposta. A luta continuou com a apresentação de destaques que mostraram a força das categorias e enfraqueceram a tentativa de desmonte do funcionalismo por parte do governo”, afirma o coordenador-geral do SINJUS, Alexandre Pires.
Entre os destaques vindos do PT estavam os do deputado federal Rogério Correia, que foram construídos em conjunto com representantes do SINJUS, Serjusmig, Sindifisco-MG, Sindsemp/MG, Affemg, Sindafa, Sindalemg e Sintcmg. Duas sugestões foram apresentadas: a que impedia o congelamento dos salários e carreiras e a que impedia que as despesas com aposentados e pensionistas entrassem no cálculo referente à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O segundo destaque foi rejeitado. Já o primeiro foi fundamental para pressionar a base do governo que não viu outra saída a não ser fazer acordo para permitir a todas as categorias progressões de carreira e promoções. A mudança beneficia servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, inclusive no caso de se decretar estado de calamidade pública de âmbito nacional.
“O governo federal vem fazendo grande ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e dos servidores públicos, mas sempre encontra uma grande resistência do movimento sindical e da esquerda que, unida, tem dificultado em muito a base política do governo. O destaque que o PT apresentou foi muito importante porque criou dissidências na base governista, o que obrigou o governo a recuar. Com isso impedimos que os servidores fiquem sem progressões e promoções neste período”, ressalta Rogério Correia.
Ao todo, três partidos deram 100% de seus votos contra a PEC emergencial. São eles: PCdoB, PSOL e Rede. Já no PT foram cerca de 98% dos votos.
Apoio decisivo
A luta continua!
Confira quem são os deputados da bancada mineira que votaram contra o servidor: