Oficialmente, começa a corrida eleitoral. Qual o nosso papel?
segunda-feira, 07/07/14 13:00Nesta semana, começou oficialmente a campanha eleitoral que vai definir os nomes que assumirão as cadeiras do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, dos Estados e a cadeira da Presidência da República, em votação que acontece no dia 5 de outubro. As eleições majoritárias ainda poderão acontecer em segundo turno, no dia 26/10. E qual o nosso papel?
Em Minas Gerais e no Brasil, a polarização PT x PSDB domina a cena, apesar de o PSB correr por fora, na tentativa de quebrar essa hegemonia de disputa. Outros “partidos menores” lançam seus candidatos, mas, dificilmente terão chance. Estima-se que os “grandes partidos” terão uma despesa próxima a 1 bilhão para realizar sua campanha presidencial. Sobre o governo de Minas, Pimenta da Veiga disse que vai gastar 60 milhões e Pimentel, 40 milhões. Um candidato a deputado estadual vai ter que gastar cerca de 3 milhões e um deputado federal, cerca de 5 milhões! É a festa da democracia?
Nesse contexto econômico, excetuando o ex-presidente José Sarney, que se aposentou, ou aqueles que se envolveram em esquema recente de corrupção, já conhecemos a maior parte dos que novamente se reelegerão ou deixarão sucessores. Ainda é assim, infelizmente. Seja pela nossa omissão ou, como dizia Renato Russo, pela nossa falta de bom senso.
Mas essa mesma democracia nos proporciona novas oportunidades e estamos novamente em período eleitoral. É, portanto, momento de avaliarmos os últimos quatros anos dos governos estadual e federal e a atuação de deputados e senadores. É momento de avaliarmos se aqueles que se opõe aos que aí estão pretendem implementar as grandes mudanças estruturais de que necessitamos ou somente querem (re)tomar o poder político.
Em Minas e no Brasil, precisamos fazer uma avaliação imparcial da realidade. Como estávamos antes dos governos que aí estão? O saldo de cada um qual é? Andamos para frente ou para trás? Quais as perspectivas que vejo em cada um? Nossos deputados e senadores atuaram bem? Fizemos nossa parte enquanto cidadãos?
É momento de sermos proativos e protagonistas da transformação política neste País. Precisamos eleger candidatos que, de fato, pretendam promover as reformas de que precisamos, especialmente a reforma política. Valores absurdos como os que citamos aqui para eleger um candidato não podem ser vistos como normais. A eleição ainda é praticamente censitária no Brasil. Isto não é democrático, pois retira da política pessoas qualificadas.
Portanto, é papel daqueles que pretendem um Brasil e uma Minas Gerais melhores de fato, e não virtualmente, contribuir com voto de qualidade nas urnas no dia 5 de outubro.