Feminismo
É um movimento social e ideológico que tem como objetivo ampliar os direitos civis e políticos das mulheres, bem como a equidade de gênero. Não se trata do contrário de machismo, uma vez que não defende qualquer tipo de superioridade, mas sim de igualdades sociais, econômicas e políticas.
Machismo
É a ideia da superioridade masculina. Ou seja, é a opressão às mulheres expressa por comportamentos, opiniões e sentimentos que declaram a desigualdade de direitos e habilidades. Na prática, uma pessoa machista é aquela que acredita que homens e mulheres têm papéis distintos na sociedade, que as mulheres devem se portar de jeitos específicos ou que julga o sexo feminino como inferior seja pelo aspecto físico, social ou intelectual.
Patriarcado
Sistema sociopolítico no qual o machismo se baseia. Nele, o gênero masculino e a heterossexualidade têm superioridade em relação a outros gêneros e orientações sexuais. Esse sistema histórico construiu uma base de privilégios para os homens, sendo, por isso, considerado um problema estrutural nos tempos atuais.
Feminismo negro
Essa vertente do movimento feminista foca nas especificidades das mulheres negras, inseridas em um contexto de desigualdades básicas provocadas pelo racismo e pelo patriarcalismo.
Interseccionalidade
Feminismo Interseccional (em inglês, Intersectionality) é uma vertente do feminismo que, para análise e combate da discriminação de gênero, leva em conta, necessariamente, questões de raça e classe social. O entendimento é de que há um recrudescimento do machismo sofrido por mulheres que enfrentam também racismo, preconceitos e desigualdade socioeconômica (com todas as suas consequências) já que as opressões se inter-relacionam.
Sororidade
A palavra tem sido muito usada no cotidiano e significa a união entre as mulheres. O conceito trata de empatia e solidariedade feminina, combatendo a rivalidade entre o gênero. O termo sustenta o princípio de que juntas as mulheres conseguem ser mais fortes e obter mais conquistas.
Empoderamento
O verbo empoderar se tornou uma palavra-chave para contribuir para o avanço social em busca da igualdade entre homens e mulheres. Costuma ser usado em referência à tomada de consciência do poder que as mulheres ostentam individual e coletivamente e que tem a ver com o resgate de sua própria dignidade como pessoa. Na Conferência Mundial das Mulheres, realizada em Pequim em 1995, criou-se um programa em prol do empoderamento da mulher para reforçar o aumento da participação feminina nos processos de tomada de decisões e no acesso ao poder.
Misoginia
A origem da palavra misoginia vem do idioma grego e significa “ódio à mulher”. O termo pode ser utilizado de diversas maneiras para indicar atitudes como exclusão social, discriminação, hostilidade ou até mesmo violência.
Sexismo
O sexismo é a discriminação ou preconceito que se tem por alguém simplesmente por conta de seu gênero. Acreditar que uma mulher não pode ser considerada uma autoridade religiosa ou ocupar altas posições de poder são exemplos práticos do conceito.
Objetificação
Quando uma pessoa é reduzida à condição de objeto. No caso da objetificação feminina, a mulher é limitada à consideração da sua beleza física e de seus atributos sexuais. Dessa forma, sua existência como pessoa, como sujeito dotado de pensamentos e sentimentos, é anulada.
Cultura do estupro
Refere-se a uma sociedade que banaliza, legitima e, por consequência, tolera agressões e assédios sexuais contra a mulher. Essa cultura está intimamente ligada à objetificação feminina. Nela, a mulher é julgada por suas condutas sexuais e morais, justificando violências. De acordo com a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, no Brasil. Um exemplo da cultura do estupro é a culpabilização da vítima de assédio sexual.
Feminicídio
Um terço dos homicídios no mundo é cometido contra mulheres por seus companheiros ou ex-companheiros. A reincidência e a gravidade desses casos deram origem à palavra “feminicídio”. Ela define o assassinato de uma mulher por causa da discriminação e menosprezo quanto à sua condição de gênero. Nesses casos, muitas vezes o homem considera a mulher sua propriedade (novamente, a objetificação), retirando dela direitos.
Mansplaining
A palavra foi criada a partir da junção entre “man” (“homem”) e “explain” (“explicar”), em inglês, e ficou conhecida com a publicação do livro Os Homens Explicam Tudo Para Mim, escrito por Rebecca Solnit. Na obra, a autora conta diversos casos, como uma experiência sua — em que “um homem passou uma festa inteira falando de um livro que ‘ela deveria ler’, sem lhe dar a chance de dizer que, na verdade, ela era a autora”. Ou seja, “mansplaining” é o termo usado para descrever a atitude de um homem que tenta explicar algo a uma mulher, assumindo que ela não sabe sobre o assunto, subestimando sua inteligência. No Brasil, o termo foi popularizado pela expressão “macho palestrinha”.
Manterrupting
Essa é uma atitude que consiste em interromper a mulher diversas vezes, de forma com que ela não consiga concluir sua linha de raciocínio em uma conversa. O termo ficou popular após um estudo feito pela Universidade de Yale concluir que senadoras americanas se pronunciam menos do que seus colegas homens de posições inferiores.
Gaslighting
O termo é usado para descrever a manipulação psicológica na qual o agressor faz a vítima questionar sua própria inteligência, memória ou sanidade. Quem sofre com o gaslighting, tende a desconfiar de suas próprias percepções da realidade. “Você está louca”, “você está exagerando” ou “você está mentindo” podem ser indicativos desse ato. O conceito, dado como violência psicológica, é sutil e difícil de ser identificado.
Bropriating
É a união de “bro” (“cara” ou “irmão”) com “appropriating” (“apropriar”), em inglês. Acontece quando um homem se apropria da ideia ou iniciativa de uma mulher, tomando os créditos para ele. Pode acontecer no ambiente acadêmico, no trabalho e no dia a dia.
Manspreading
A palavra manspreading, também encontrada como man-sitting é o termo utilizado para denominar o ato de um homem abrir muito as pernas quando está sentado, o que acaba diminuindo o espaço das pessoas sentadas perto dele. Foi criado para descrever a atitude, que é comum no transporte público e em outros assentos compartilhados.