NOVAS PANES EM ELEVADORES EVIDENCIAM NEGLIGÊNCIA DO TJMG EM RELAÇÃO À SAÚDE E À SEGURANÇA DOS SERVIDORES

A negligência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em garantir condições adequadas de trabalho em suas unidades atingiu níveis alarmantes. Em menos de 24 horas, falhas em elevadores de duas unidades diferentes deixaram servidores presos e expuseram o descaso do Tribunal com a saúde e a segurança dos trabalhadores. Enquanto isso, no edifício-sede, a Administração do TJMG promove comemorações ao Dia do Servidor em um evento sem a presença da maioria dos servidores efetivos, que estão lotados em outras unidades.

Nessa quarta-feira, dia 23 de outubro, servidores da unidade localizada na Praça Milton Campos ficaram presos por mais de duas horas dentro dos elevadores, um problema que se repete com frequência e que se soma a vários outros nessa edificação.

Vale destacar que o SINJUS-MG já havia alertado a Presidência do TJMG sobre os constantes problemas na unidade, que incluem também condições precárias de climatização, higiene e segurança. Mesmo assim, a grave situação continua sendo negligenciada, e as ações do Tribunal seguem sendo reativas e paliativas, como demonstra o envio de técnicos para analisar os equipamentos apenas após os incidentes.

Já nesta quinta-feira, 24 de outubro, o cenário se repetiu, desta vez na unidade do Edifício Mirafiori, onde outro problema nos elevadores deixou servidores presos. Problemas desse tipo também são recorrentes nessa unidade. No dia 20 de junho deste ano, um dos elevadores despencou com cerca de 20 pessoas dentro, sendo que oito ficaram levemente feridas e foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).  Nessa ocorrência havia quatro servidores no elevador.

Na ocorrência desta quinta, além do pânico e do risco àqueles que ficaram presos, vários outros servidores foram impactados, pois tiveram que enfrentar filas para utilizar os poucos elevadores que restaram funcionando.

Infelizmente, esses episódios não são isolados e revelam uma falha grave na gestão do TJMG em zelar pela integridade física e psicológica de seus servidores, que precisam enfrentar riscos diários apenas para trabalhar.

“É revoltante saber que, na unidade Afonso Pena 4.001, onde não há servidores trabalhando, o Tribunal promoveu uma comemoração do Dia do Servidor Público. Enquanto isso, nas unidades onde realmente estão as servidoras e os servidores, como a da Milton Campos e a do Mirafiori, os elevadores continuam quebrando e colocando em risco a vida dos trabalhadores. É uma negligência grave. Será que o presidente do TJMG está esperando ocorrer mortes para resolver definitivamente esses problemas?”, questiona o coordenador-geral do SINJUS, Alexandre Pires.

Assim que tomou conhecimento de cada um desses novos episódios, o Sindicato entrou em contato com a Presidência cobrando ações efetivas. O SINJUS também solicitou, em caráter de urgência, reunião com o presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior, para que soluções efetivas possam ser debatidas e tomadas.

“Não vamos aceitar que as servidoras e os servidores sejam expostos a riscos diários por puro descaso do Tribunal, que até agora adota uma postura reativa quando a situação já está crítica. Está evidente a falha de gestão do Tribunal em relação às condições de trabalho. O órgão não tem um planejamento eficiente de manutenção preventiva nem exige isso dos proprietários e administradores responsáveis pelos espaços que ele faz a locação, mas o SINJUS não vai parar de lutar”, afirma a diretora de Assuntos Sociais, Culturais e de Saúde, Patrícia Maria de Oliveira.

SINJUS cobra teletrabalho para servidores em unidades com más condições

A negligência não se limita aos problemas de infraestrutura dos elevadores. Em várias unidades, a falta de climatização adequada, a infestação por pragas e a ausência de manutenção básica têm sido reportadas há meses. Além disso, a segurança no entorno desses prédios é outra questão crítica ignorada pelo Tribunal. Na Praça Milton Campos, o risco de assaltos e a falta de policiamento são ameaças diárias para os servidores.

Por isso, o SINJUS reforçou sua reivindicação para que o teletrabalho integral seja imediatamente implementado para os servidores que atuam em unidades com condições de trabalho inadequadas.

“É um absurdo o Tribunal continuar insistindo em manter as trabalhadoras e os trabalhadores em prédios sem condições mínimas para o exercício de suas funções. Estamos cobrando que o teletrabalho seja implementado enquanto o TJMG não resolver de forma definitiva esses problemas. Volto a reforçar: o teletrabalho é a medida mais lógica enquanto não há garantias de que esses locais tenham adequadas condições de segurança para os servidores”, reiterou Alexandre Pires.

O SINJUS reafirma seu compromisso em lutar pela saúde e segurança dos servidores e continuará denunciando as falhas nas unidades do TJMG. Acompanhe as nossas mídias para ficar informado sobre os desdobramentos dessa batalha.

SINDICATO É PRA LUTAR!