ROMPENDO O SILÊNCIO

Mulheres se reúnem em protesto contra a cultura do estupro em BH

sexta-feira, 04/08/23 17:56

Como resposta ao caso da jovem de 22 anos estuprada no Bairro Santo André, região noroeste de Belo Horizonte, no último domingo, 30 de julho, foi realizado nesta quinta-feira, 3 de agosto, às 17h, na Praça Sete, um protesto contra a cultura do estupro na cidade.

Organizado pela “Frente 8 de Março Unificado”, que reúne mais de 50 movimentos sociais e coletivos feministas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o ato visou cobrar as autoridades para que políticas públicas que garantam a segurança e integridade das mulheres sejam implementadas.

Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), de janeiro a junho deste ano, foram registrados 294 estupros na capital mineira, caracterizando um aumento de 36%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, que registrou 216 casos.
“Fomos para as ruas novamente movidas pela brutalidade da violência contra a mulher. Não admitimos a falta de indignação frente a um caso tão brutal como esse. Não dá mais para ficar de casa assistindo tudo pela TV. É muito importante ocuparmos as ruas e mobilizarmos a sociedade para lutar e cobrar justiça”, diz Yany Mabel, jornalista, militante feminista e uma das organizadoras da “Frente 8 de Março Unificado”.
Pesquisas que abrangem o cenário nacional também evidenciam a gravidade do problema. Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em março deste ano, é estimado que duas mulheres sejam estupradas por minuto no Brasil, totalizando cerca de 822 mil casos por ano.
“Hoje pedimos um basta à cultura do estupro. Infelizmente aconteceu com essa jovem de 22 anos, mas poderia ser qualquer uma de nós”, conclui Yany.
Para a estudante de ciências sociais Sofia Amaral, de 22 anos, o protesto serve “para tirar a barbaridade que aconteceu do silêncio”.

“Assim, conseguimos demonstrar apoio e solidariedade à vítima. Que os nossos corpos, historicamente violados, possam ser livres”, avalia a militante do movimento, acrescentando que houve alguns poucos momentos de hostilização.

“Apesar da maioria estar ali para recepcionar o protesto de forma positiva, algumas pessoas que passavam de carro gritavam ofensas ou nos mandavam ir trabalhar. De todo modo, somos mulheres, trabalhadoras, e estávamos ali em busca de justiça”, finaliza.

NÃO SE CALE!

Para realizar uma denúncia de violência sexual, é necessário realizar um boletim de ocorrência ou ligar para o número 180 para entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, que funciona 24h horas por dia, durante toda a semana. O contato com o 180 também pode ser concluído por meio do WhatsApp.

Em casos de violência contra criança e adolescentes, a denúncia pode ser realizada no conselho tutelar, no Ministério Público e/ou na Delegacia da Infância e da Juventude.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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