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MERCADO DE TRABALHO É MARCADO POR RACISMO E SEXISMO; SINJUS DEBATERÁ O TEMA

segunda-feira, 24/04/23 11:32 Imagem Acessível: Mulher negra com tranças longas está em frente a um computador, ela está levantando os óculos e massageia a testa, sinalizando cansaço

Violência, racismo e misoginia. Todas essas são atitudes que, infelizmente, se perpetuam no Brasil desde a época da colonização portuguesa. Muitas coisas mudaram desde então, mas ainda resta um longo caminho para reparar tudo o que foi causado e que ainda é realidade para muitas pessoas.

 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apurados em 2021, 56,1% da população brasileira se declarou preta ou parda. Entretanto, esse grupo ainda é minoria em praticamente todos os espaços e cargos de poder. De acordo com o último censo do mercado empresarial realizado pelo Instituto Ethos em 2016, mas que segue atual, apenas 4,7% das lideranças em grandes empresas são negras, considerando apenas mulheres, o percentual cai para o patamar alarmante de 0,4%.

 

Isso confirma a dura realidade em que mulheres negras são obrigadas a trabalhar, estudar e se dedicar em dobro para se destacar, justamente por sofrer essa dupla discriminação de raça e gênero. 

 

Para ressaltar a luta diária dessas milhares de mulheres, é preciso também lembrar de datas significativas como o dia 25 de julho, instituído como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latina e Caribenha. A data surgiu após um encontro dessas mulheres realizado na República Dominicana, em 1992. 

 

Foi durante o primeiro governo brasileiro liderado por uma mulher – a presidente Dilma Rousseff– que a data passou a propor mais uma reflexão: em 25 de julho também se comemora o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza é um ícone da resistência negra no Brasil Colonial e atuou no Quilombo Quariterê, sendo a única mulher que foi rainha de um quilombo.

 

Ações como essas promovem a valorização da cidadã negra e possibilitam o resgate dessas histórias tão importantes que têm o poder de inspirar cada vez mais a luta antirracista e antissexista. Sendo assim, é essencial refletir sobre a falta de mulheres negras em cargos de chefia e espaços de poder, e, por meio do debate, compreender como estimular a democracia e a representatividade desse grupo. 

 

Também é necessário discutir qual é a função das mulheres nessa luta e o que pode ser feito em conjunto para minimizar o preconceito, a desvalorização e a violência que elas sofrem.

 

Por isso, o SINJUS-MG vai promover o debate “Racismo e Sexismo: o papel das mulheres na luta antirracista”, no dia 10 de maio, às 19h no auditório Alice Monteiro de Barros, na Faculdade de Direito da UFMG (Av. João Pinheiro, n. 100, Centro, BH.)

 

O debate será conduzido pela promotora de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) Lívia Sant’Anna Vaz, que vai abordar temas como a interseccionalidade, desigualdade racial no Brasil e as ações e políticas necessárias no combate à discriminação. Participe! Retire seu ingresso aqui, pois as vagas são limitadas.

 

Racismo e Sexismo: o papel das mulheres na luta antirracista

 

Quando: 10 de maio, às 19h

 

Onde: Auditório Alice Monteiro de Barros, na Faculdade de Direito da UFMG (Av. João Pinheiro, n. 100, Centro, BH.)

 

Inscrição: https://bit.ly/EventoRacismoeSexismo 

 

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