IPSEMG NÃO APRESENTA MELHORIAS NO HOSPITAL ISRAEL PINHEIRO
sexta-feira, 27/10/23 15:20Apesar das constantes denúncias e investigações acerca das condições de atendimento no Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) ainda não apresentou soluções para problemas – como leitos fechados, déficit de servidores e obras inacabadas – que impactam diretamente o acesso à saúde de qualidade por parte das servidoras e dos servidores mineiros.
Segundo o site oficial do Ipsemg, o HGIP oferece atendimento de média e alta complexidade, com uma média de 12 mil internações anuais. Contudo, em julho deste ano, o hospital passou a operar com 17 leitos a menos devido à falta de profissionais da saúde como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e anestesistas, totalizando 88 leitos indisponíveis para o atendimento aos servidores do estado.
Em reunião com o Conselho de Beneficiários do Ipsemg (CBI), em agosto deste ano, o presidente do Ipsemg, André dos Anjos, se comprometeu com a resolução de diversas demandas apresentadas pelos conselheiros. Na ocasião, Jonas Araújo, que também é diretor de Assuntos Sociais, Culturais e de Saúde do SINJUS-MG, esteve presente e reforçou a necessidade de providências quanto às demandas prioritárias do HGIP. O presidente informou que havia recebido aval do governo do estado para trabalhar as demandas prioritárias, e a expectativa do CBI era de que as soluções fossem apresentadas com celeridade.
Para Jonas, o problema tem origem na negligência do governo do estado diante das questões relacionadas ao hospital. “É imprescindível que o governo estadual assuma a responsabilidade de garantir o acesso de seus cidadãos à assistência médica de qualidade, e isso inclui assegurar que o Ipsemg desempenhe plenamente sua função, além de avançar na busca por melhorias contínuas”, afirma.
Sem mudanças
No dia 11 de outubro, o Concurso Público Seplag/Ipsemg 01/2023 foi homologado, prevendo o ingresso de 280 novos profissionais para atuar na rede própria do Instituto. “Esse número não atende à demanda atual de atendimentos nem é capaz de suprir a defasagem no quadro de funcionários. Devido às condições de trabalho e à remuneração oferecida aos profissionais, muitos deles não permanecem prestando serviço por muito tempo”, explica a presidente do Sindicato dos Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Sisipsemg), Antonieta Dorledo.
Além disso, a crise do HGIP também está atrelada às obras conduzidas na unidade. A Ala B está interditada para reestruturação há aproximadamente 10 anos, entre paralisações e retomadas das atividades. No segundo semestre do ano passado, as obras foram reiniciadas, prevendo a ampliação do número de leitos e a melhora do fluxo de trabalho interno do hospital. Apesar do projeto apresentado, o Ipsemg ainda não tem previsão da data de término das obras e inauguração da nova ala.
Antonieta relembra que os serviços do Ipsemg são oferecidos a todos os servidores públicos de Minas Gerais, sendo que milhares de pessoas dependem desses atendimentos, diariamente. Por isso, é essencial que a Administração do Instituto ouça as demandas da categoria, construindo estratégias que tragam as melhorias necessárias para os trabalhadores, como a correção salarial e a progressão de carreira, além de oferecer mais recursos para o financiamento do hospital.
“Receber atendimento qualificado no HGIP e nos hospitais credenciados ao Ipsemg é um direito de todos os servidores do estado e de seus dependentes. Não podemos aceitar nada menos! Por isso, vamos nos manter atentos, cobrando e apoiando a luta que busca garantir o acesso à saúde para todos”, reforça Jonas Araújo.
Conheça a rede credenciada
Para agilizar o atendimento em mais de 40 especialidades, o Conselho de Beneficiários do Ipsemg (CBI) elaborou uma lista de unidades credenciadas, que conta com hospitais e clínicas em diversas áreas de Belo Horizonte. Clique aqui e salve a lista.