História curta: a verdade sobre a empatia
sexta-feira, 18/03/22 09:15Foto: Freepik
Caro leitor, como vai? Aqui estou eu, em mais um artigo superespecial para o portal do SINJUS-MG. Dessa vez, quero convidar você a refletir e pensar sobre empatia. É um tema ótimo para se falar no mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, não é mesmo? Resolvi falar sobre o assunto porque percebo que nem sempre as pessoas entendem o que de fato é a empatia e como ser empático. Por isso, resolvi trazer neste artigo o meu entendimento e o que aprendi até agora sobre esse tema.
Antes de mais nada, quero dizer que, ao contrário da maioria dos textos sobre empatia, neste, não vou sugerir que você “se coloque no lugar do outro”. E eu sei que isso contraria quase tudo que talvez você tenha lido ou ouvido falar sobre essa palavra até hoje. Mas vou lhe explicar porque esse posicionamento do senso comum é no mínimo raso para definir empatia.
Nesse sentido, é preciso entender que empatia é muito mais que um sentimento nobre. Ser empático é se colocar em movimento para fazer pelo outro aquilo que ele precisa. Assim, quando “eu” tento me colocar no lugar do outro, vejo a situação com o meu olhar, que é naturalmente moldado conforme a minha percepção emocional e prática de mundo. E, na maioria dos casos, a minha visão certamente não será capaz de suprir as necessidades alheias. Portanto, quando “eu” me proponho a fazer pelo outro o que ele precisa, eu permito que o outro seja quem ele é.
Definitivamente, não é possível sentir pelos outros. Essa é uma grande fantasia! Cada pessoa tem a sua maneira de sentir e processar as situações da vida. É como diz o ditado popular: “cada um sabe onde lhe aperta o calo”. Ou seja, só quem vive sabe os sentimentos envolvidos e o quanto lhe dói passar por uma determinada situação que para você não seria nada de mais.
Por isso, ser empático é entender que a dor do outro é real, sem minimizar ou achar que é exagero. Ter empatia é “oferecer um sapato mais confortável” para que o “calo” do outro doa menos. E, nesse mesmo sentido, ser empático também envolve respeitar quando o outro negar calçar o sapato mais confortável que você ofereceu, já que nem sempre as pessoas estão preparadas para abrir mão das suas dores – mas isso é assunto para discorrer em um outro artigo.
Desse modo, é importante destacar o quanto a empatia é essencial para que nós, mulheres, sejamos realmente “homenageadas” no Dia Internacional das Mulheres. Por mais que cada mulher, individualmente, tenha as suas escolhas, particularidades e visões de mundo, todas nós compartilhamos da necessidade de sermos respeitadas. É por isso que, neste mês de março e em todos os dias, espero e desejo que a sociedade ofereça mais empatia para todas as mulheres.
Por fim, deixo uma frase de Anita Nowak, uma professora canadense que pesquisa como a empatia pode mudar positivamente a sociedade: “A empatia é a força mais poderosamente perturbadora do mundo, só fica atrás do amor.”
Um grande abraço e até o mês que vem!