ESTÁ ABERTA A PESQUISA DO CNJ SOBRE ASSÉDIO MORAL NO JUDICIÁRIO
terça-feira, 23/11/21 19:11Foto: Freepik
As servidoras e os servidores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) já podem participar da pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que pretende identificar onde e como ocorrem os casos de assédio no Judiciário. As orientações e o acesso ao formulário foram disponibilizados na intranet do TJMG (clique aqui, faça o seu login e seja direcionado). Também podem participar do levantamento os colaboradores terceirizados, estagiários e magistrados. O SINJUS-MG solicita que todos participem da pesquisa, pois será fundamental no mapeamento e no combate à essa prática perversa.
O levantamento é uma iniciativa do Comitê de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação no Poder Judiciário do CNJ. Essa é a primeira vez que o questionário é aplicado, mas a previsão é de que essa consulta seja feita periodicamente a partir de agora.
Como resultado, os dados serão transformados em índices de assédio e discriminação, permitindo ao CNJ acompanhar a efetividade das políticas de combate adotadas pelos tribunais brasileiros.
Não deixe de contribuir e fique atento, pois o prazo para responder o atual questionário se encerra já no dia 3 dezembro de 2021.
O QUE CONFIGURA ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO?
O assédio moral não se resume a ameaças, piadas, gritos, insultos e outros tipos de constrangimento. Os abusos também podem estar presentes em situações como:
- Dar instruções imprecisas para a execução do trabalho;
- Sobrecarga de tarefas, cobranças de metas excessivas ou com prazos impossíveis de serem cumpridos;
- Isolar ou ignorar a presença do servidor, dirigindo-se apenas aos demais;
- Restringir o uso do banheiro;
- Retirar a autonomia do servidor sem justificativa plausível;
- Contestar, a todo momento, as decisões do servidor e ignorar suas opiniões;
- Delegar tarefas impossíveis de serem cumpridas ou inúteis;
- Vigilância ou cobrança excessiva;
- Espalhar rumores e criticar a vida particular do servidor;
- Ignorar os problemas de saúde do servidor ou criticar a falta ao serviço para ir a consultas médicas;
- Impor condições e regras de trabalho diferenciadas para o servidor.
CANAIS DE DENÚNCIAS
O combate ao assédio moral é uma luta permanente do SINJUS. Em 2007, em parceria com o Serjusmig, foi criada a Comissão de Combate ao Assédio Moral. Desde então, as servidoras e servidores vítimas contam com acolhimento multidisciplinar do qual participam psicólogos, advogados e dirigentes sindicais. Para atendimentos e denúncias, entre em contato pelo (31) 98738-8640
A comissão também promove debates, realiza estudos e teve atuação destacada ao colaborar com a redação da Lei 116/2011, que dispõe sobre a prevenção e punição do assédio moral na administração pública em Minas Gerais.
Outro meio de denúncia é diretamente no Tribunal de Justiça, direcionado à Comissão Paritária de Combate ao Assédio Moral do TJMG, que tem o objetivo de receber e processar queixas, bem como definir ações para diminuir e prevenir o assédio moral no âmbito do Órgão. As denúncias podem ser feitas por meio de um formulário ou pelo e-mail [email protected].