CÍRCULO DO LIVRO VAI DEBATER RACISMO NO DIA 25
terça-feira, 10/11/20 20:37O próximo encontro virtual do projeto Círculo do Livro, do Núcleo da Mulher do SINJUS-MG, será no dia 25 de novembro, quarta-feira, às 19h, pela plataforma Google Meet. O livro escolhido é “Pequeno manual antirracista”, da filósofa, feminista negra e escritora, Djamila Ribeiro. A discussão será mediada pela editora da Quintal Edições e bacharel em Letras, Carol Magalhães.
No livro, a autora propõe questionamentos que envolvem a sociedade e o racismo nela intrínsecos. De acordo com dados da Pesquisa Datafolha de 1995, a mais recente publicada sobre o assunto, a cada 23 minutos um negro morre no Brasil. Após os países da África, o Brasil é o local que mais tem negros em sua população, que soma cerca de 56%. Além disto, em pesquisa de campo, o Datafolha registrou que 89% das pessoas afirmam que existe racismo no Brasil, mas que 90% se identifica como não racista. Como diz a escritora e ativista norte-americana Angela Davies: não basta não ser racista, é necessário levantar a bandeira do antirracismo.
No começo do livro, Djamila escreve sobre a nossa história corrompida. Será que pode-se mesmo dizer que o Brasil foi “descoberto” pelos europeus? Como assim “descoberto”, se já havia povos que viviam no País? Como foi o início da perseguição aos negros e a escravidão? Será mesmo que a escravidão terminou? É com estes questionamentos a escritora introduz o começo do livro e o conceito do racismo estrutural, no qual diz que, mesmo que você não se considere racista no pensamento, desenvolve discursos e atitudes que são racistas, em ações pertencentes à sociedade de forma estrutural.
Djamila, ao decorrer do livro, também questiona o porquê de o negro ser considerado diferente. A cor da pele não interfere no intelecto e nem em habilidades físicas, então, porque a sociedade age como se tal especificidade acontecesse? Além disto, ela também conta um pouco da sua própria história. Como mulher negra, muitas vezes, as pessoas não a aceitavam dentro da universidade, como mãe, mulher, negra e filósofa. “Você tem cara de que dança samba”, essa e outras frases relacionadas ao estereótipo da mulher negra foram ditas a ela, como se aquele não fosse o lugar dela. A autora também ressalta a importância urgente de a população branca reconhecer seus privilégios.
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