Artigo: Em busca da Felicidade
quarta-feira, 14/09/16 18:00Buscamos a felicidade diariamente, mas nos esquecemos de que pequenos detalhes no nosso cotidiano trazem grandes consequências para nossa vida. Por ser algo tão cobiçado, às vezes pensamos que a felicidade é algo muito distante que é difícil de alcançar. Assim nos esquecemos das pequenas atitudes que se tornam grandiosas quando acontecem inesperadamente.
Pequenas gentilezas podem trazer muitos benefícios para uma pessoa, como por exemplo, um elogio, um sorriso ou palavras gentis, otimistas. O problema surge quando nos relacionamos da seguinte forma: “gosto de você então não é necessário lhe dizer”. Isso não auxilia nos afetos considerados positivos. Principalmente quando gostamos de uma pessoa, devemos falar sempre isso para ela. Falo da atenção social que se faz a partir destes pequenos gestos e atitudes que nos fortalecem e nos aproxima cada vez mais da felicidade. Então reflita como está agindo em casa com seus familiares. Você costuma elogiar seu marido, sua esposa, sua mãe, seu pai, filhos, netos ou quem mora com você? Sorria mais para quem convive com você tanto em casa quanto no ambiente de trabalho. É interessante a reação da pessoa logo após um simples elogio, até o semblante dela muda!
Pequenas atitudes como enfeitar a casa com flores, tirar uma tarde para fazer o que mais gosta, assistir um filme predileto e estar com quem ama despertam cada vez mais os afetos positivos e nos possibilita momentos de felicidade. Procure fazer refeições com a família, pelo menos uma vez por semana, assim possibilitamos o fortalecimento das nossas relações.
Outra perspectiva sobre a busca da felicidade é reduzir os afetos negativos, ou seja, tentar evitar ao máximo aquilo que nos afasta da felicidade. Se você não se sente bem fazendo certa atividade, mas que também não seja algo necessário em sua vida, repense e tente não fazê-la. Vivências desagradáveis produzem marcadores emocionais negativos que impedem o bem-estar.
Comemorar datas de aniversários, formaturas, nascimentos, confraternizar nas festas de final de ano, enfim, cultivar estes momentos é extremamente importante, mesmo que seja de forma simples, pois são ritos de passagem que atingem tanto o indivíduo quanto o coletivo e nos faz sentirmos bem dentro daquele grupo. Nestas confraternizações temos a oportunidade de conviver com nossos amigos ou parentes e é o momento de trocarmos pequenas gentilezas como o elogio, um abraço, um carinho. O ser humano precisa disso e essas pequenas atitudes produzem bem-estar.
Portanto, independente das circunstâncias externas, podemos trabalhar em nós mesmos a autopercepção e verificarmos se temos mais vivências positivas ou negativas durante o curso da vida. Todos os eventos significativos são registrados com mais facilidade na nossa memória sejam eles positivos ou negativos. Quando desenvolvemos a autopercepção, podemos mapear com mais autonomia aquilo que nos agrada ou desagrada. A longo prazo, quando adquirimos mais consciência de nós mesmos, podemos diariamente, estimular nosso sentimento de bem-estar atingindo um nível habitual de satisfação desvinculada de opiniões alheias e modismos e assim promover nossa felicidade.
*Débora Guizoli
Psicóloga (CRP 04/31433)
(Instrutora de Memória Ativa)
Pós-graduanda em Gerontologia pela PUC/MG