SINJUS PARTICIPA DE EVENTO DA OAB SOBRE REPARAÇÃO DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL
quarta-feira, 29/03/23 19:06No dia 24 de março, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Minas Gerais (OAB-MG), por meio da sua Comissão Estadual da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil (Cevenb-MG), promoveu o Seminário Reflexões e Caminhos para a Verdade sobre a Escravidão e Reparação. O evento contou com a participação de profissionais, estudiosos e lideranças de movimentos sociais e sindicais que se debruçam sobre o tema da escravidão e das lutas por reparação. O SINJUS-MG acompanhou as discussões representado pelo seu diretor de Imprensa e Comunicação, Alexandre Gomes.
Durante o seminário, foram abordados diversos temas, como a Participação Interdisciplinar dos Movimentos Sociais e dos Órgãos Públicos na Busca da Reparação, a Colaboração das Universidades no Trabalho Desenvolvido pela Cevenb-MG, bem como o histórico de ações realizadas pela Comissão da OAB-MG.
O Seminário foi uma oportunidade para fortalecer o debate e a conscientização sobre os caminhos e as soluções para a reparação dos danos causados pela escravidão no País. As abordagens e palestras foram ministradas pelo ex-presidente da Cevenb-MG e atual presidente da Comissão de Direito Sindical da OAB-MG, Daniel Dias de Moura, pelo doutor em Antropologia Ambiental e membro da Comissão Estadual para o Desenvolvimento dos Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais, Jurandir de Souza, e pela diretora de Políticas de Reparação e Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Belo Horizonte, Makota Kisandembu.
Quem também foi destaque da programação foi a jornalista, cientista política e representante do Coletivo Minas Pró-Reparações Diva Moreira. A ativista reforçou que a herança da escravidão segue muito presente na sociedade brasileira.
“O movimento pelas reparações é parte de uma luta na Diáspora Africana e na África por justiça racial. No nosso caso, séculos de escravidão e de racismo não foram acompanhados de nenhuma política que pudesse promover e integrar a população negra na sociedade brasileira. Apenas fomos ‘contemplados’ por políticas de controle e repressão social. O movimento pelas reparações é um ‘BASTA! NÃO DÁ MAIS!’ à opressão e à exploração a que o povo negro tem sido submetido desde sempre”, denuncia Diva Moreira.
Diante dessa realidade, é necessário que todos os agentes sociais, principalmente instituições e entidades públicas e privadas, assumam suas responsabilidades nesse processo de construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
“Precisamos debater a escravidão e suas consequências para a sociedade brasileira. Temos uma dívida com os povos negros que foram traficados, subjugados e permanecem sendo violentados, discriminados e marginalizados. Por isso, os sindicatos também têm o dever de promover ações que mudem esse cenário”, ressalta Alexandre Gomes.
O SINJUS seguirá engajado na luta antirracista, participando e promovendo debates e formações sobre o tema. Acompanhe as nossas mídias e fique informado sobre as próximas atividades e ações em prol da igualdade racial.
SINDICATO É PRA LUTAR!