PEC DO CALOTE

BASTIDORES NA CÂMARA PARA APROVAR PEC DOS PRECATÓRIOS

quinta-feira, 11/11/21 19:30 Deputado federal Rogério Correia, do PT de Minas Gerais (homem de pele clara, de cabelos brancos curtos), em discurso no púlpito da Câmara dos Deputados.

Por meio de áudio que dura 4 minutos e 23 segundos, do deputado Rogério Correia (PT-MG), que ele autorizou o Diap a divulgar, conheça as manobras utilizadas pelo governo e pelo Centrão para aprovar, na terça-feira (9), a PEC dos Precatórios, em 2º turno, no Plenário da Câmara dos Deputados.

“Como que o governo e a cúpula do Centrão, como eles conseguiram a vitória ontem [terça-feira], no 2º turno, da PEC 23, a chamada ‘PEC do Calote’ ou do ‘Bolsalão’. Eu vou enumerar como foi a ação do [Arthur] Lira [PP-AL] [presidente da Câmara]; do Centrão; e do governo.”

“Olha, eles garantiram aos deputados o pagamento das emendas. Como?”.

“Ou através de um acordo com STF [Supremo Tribunal Federal], que esqueceria o passado e se concentraria apenas no futuro, no caso da transparência. Isso não se sabe se faria”, começou a narrar.

“Mas eles deixaram tranquilidade aos deputados dizendo que se isso não acontecesse, entrariam as emendas deste ano em ‘restos a pagar’ para o ano que vem”, explicou.

E continuou: “Ou seja, eles [os deputados] receberiam via ministério, que poderia não ser mais no ‘orçamento secreto’ do relator, mas no ‘orçamento secreto’ dos ministérios”. Assim, os “ministérios pagariam no ano da eleição, no ‘restos a pagar’”. “Então eles não perderiam aquilo que tinha sido prometido.”

Ampliar as verbas orçamentárias

“Ano que vem, eles [governo] vão ampliar as verbas [orçamentárias]”. O deputado explicou que “deixaram isso como promessa”.

“Se este ano foram R$ 16 bilhões. Ano que vem serão em torno de R$ 20 a 30 bilhões, com a aprovação da PEC, que é o calote no precatório e as manobras que eles fizeram de reajustar a forma de cálculo para poder ter excedente em dinheiro para o governo no ano que vem.”

Quem recebeu menos será recompensado

“A terceira promessa é que teria maior equidade entre eles [os deputados do Centrão]. Ou seja, os que receberam menos até agora, pois tinha reclamação, seriam recompensados no ano que vem”, disse.

“A quarta questão que eles trabalharam, é que o Bolsonaro está em queda, não tem chance de ganhar e que sobraria tudo para o PT. Então, prometeram que vão ampliar a campanha agora, depois do processo, dizendo que nós do PT, da esquerda, da oposição fomos contra, teríamos sido contra os R$ 400.”

“O que não é verdade. E que eles [governo e Centrão] é que estão garantindo esse auxílio emergencial. E fariam ampla campanha sobre isso”, continuou.

“É claro que escondem aí, que estão acabando o [Programa] Bolsa Família, estão piorando o programa, e que só vale no ano da eleição”. Essa informação, “evidentemente que ficaria escondida”, esclareceu.

O chamado Auxílio Brasil pode começar a ser pago a partir de dezembro e vai até 31 de dezembro de 2022.

Manobra regimental

“Eles aumentaram a presença pelo celular”. Ou seja, deputados ausentes no plenário puderam votar virtualmente. Essa mudança foi de última horam, pois com o fim das votações híbridas (virtual e presencial0, esse procedimento havia sido cancelado em 26 de outubro.

“Além dos que estão no exterior [em viagem oficial], eles colocaram também para votar os que teriam comorbidade. Essa lista é secreta. Não é colocada [publicizada] pelo Lira, de quais os deputados que ele permitiu que isso acontecesse”, destacou.

Votação

“No ‘frigir dos ovos’, ou no final das contas, eles ganharam no 2º turno por [apenas] 15 votos. Desses 15, 9 ainda foram do PSB, e 5 ainda foram do PDT”, asseverou. “Neste caso agora, dissidentes”, em relação ao PDT.

“No caso do PSB, [os deputados] já eram dissidentes. A posição do PSB sempre foi contra, mas do PDT, que tinha [deputados] a favor [no 1º turno], reverteu, e apenas cinco votaram [a favor da PEC]. “Daí deram 14, dos 15 [votos que garantiram a vitória do governo].” “Se somar o Podemos, que tinha orientado contra [a PEC] nós ainda poderíamos ganhar”.

A proposta foi aprovada em 1º turno, na madrugada da última quinta-feira (4), por 312 a 144. Diferença de apenas 4 votos. No 2º e último turno, que ocorreu nesta terça-feira (9), o texto foi aprovado por 323 votos, a 172 e 1 abstenção.

Dificuldades de entender a PEC

Trata-se, segundo o deputado, de “uma PEC complexa, de difícil entendimento popular; então isso também [não] ajuda. Não é como a PEC 32 [Reforma Administrativa], que já tem conhecimento mais pleno [por parte da população e dos servidores], de que essa proposta privatiza o serviço e destrói, portanto, a prestação do serviço à população”, delineou.

“Então, essa confusão do que é essa PEC acabou ajudando [na aprovação da proposta na Câmara].”

Fonte: Diap

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