Desafios da alimentação dos filhos na quarentena
sexta-feira, 19/06/20 13:02Com a pandemia do COVID-19, a alimentação em casa tornou-se praticamente obrigatória em meio às recomendações de distanciamento social. E no caso crianças e adolescentes, vale destacar que é necessário, ainda, a presença de algum familiar nas refeições.
O ambiente doméstico influencia diretamente no que as crianças e adolescentes vão comer. Logo, a familiaridade com o alimento será maior quanto maior for a demonstração e o exemplo de consumo pelos pais.
Os pais devem dar o exemplo, consumindo os mesmos alimentos oferecidos às crianças;
Devem disponibilizar frutas, verduras e legumes nas refeições junto aos alimentos preferidos, tornando-os acessíveis (lavados, descascados e picados);
Variar a oferta de pães, biscoitos e bolos, substituindo-os por milho, mandioca ou batata cozida;
Realizar receitas como saladas, leite batido com frutas, salada de frutas, bolos e biscoitos caseiros, com a participação das crianças. Essa interação é importante para estimular o contato, principalmente, com novos alimentos;
Evitar realizar refeições na presença de dispositivos eletrônicos como televisão, computador, celular, tablet;
Oferecer o mesmo alimento em diferentes formas de preparação e apresentação (ex.: cenoura. Adicionar a bolos, sucos, arroz, omelete, molhos. Oferecer ralada, fatiada, cozida, crua etc.);
Compreender que, por vezes, a criança pode estar sem fome ou indisposta para comer;
Oferecer água com frequência e evitar bebidas açucaradas;
Limitar a oferta de alimentos industrializados como biscoitos, sorvetes, carnes processadas (hambúrguer, salsicha etc.), salgadinhos.
Estimular comportamentos alimentares adequados como comer com calma; sentir o gosto, o cheiro e a textura dos alimentos; e perceber os sinais produzidos pelo organismo que indicam a hora de começar e parar de comer.
O que não deve ser feito:
Obrigar ou forçar a criança a comer, o que gera conflitos;
Chantagear a criança. Exemplo: “se comer todo o legume, vai ganhar a sobremesa”;
Substituir a alimento recusado por outro de preferência da criança;
Desistir de oferecer o alimento após poucas tentativas;
Compensar com pães, biscoitos, leite, em caso de inapetência;
Classificar os alimentos em “saudáveis” e “não saudáveis” ou “proibidos” e “permitidos”;
Obrigar o filho a terminar o prato quando ele não quer mais, ou não permitir que ele repita algo, quando pede mais.
Responsabilidades de crianças e adolescentes:
Decidir se vai comer e quanto vai comer;
Comer somente a quantidade necessária;
Aprender a comer o que seus pais comem;
Aprender a se comportar nas refeições como sentar à mesa, usar os talheres de maneira adequada, mastigar de boca fechada, não falar enquanto come.
Essas medidas de alimentação saudável devem vir acompanhadas de atividade física regular e boas noites de sono.
Em conjunto, pequenas mudanças de comportamento podem contribuir para uma melhor qualidade de vida durante o período de isolamento!