SINJUS E FENAJUD REPUDIAM ATAQUE SOFRIDO POR OFICIALA DE JUSTIÇA NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
segunda-feira, 10/03/25 11:36
O Sindicato dos Servidores da Justiça da 2ª Instância do Estado de Minas Gerais (SINJUS-MG) vem a público manifestar sua indignação e repúdio ao ataque sofrido pela Oficiala de Justiça Maria Sueli Sobrinho, durante uma diligência em Ibirité, no dia 8 de março. A servidora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi violentamente agredida por um policial militar com uma cabeçada e um soco no rosto durante o exercício de suas atribuições legais.
A brutalidade do ataque, que ocorreu justamente no Dia Internacional da Mulher, evidencia a persistência da violência de gênero, um problema social que segue ameaçando a vida e a dignidade das mulheres em todos os espaços, inclusive no ambiente de trabalho. Infelizmente, esse caso não é um fato isolado: milhares de mulheres enfrentam diariamente intimidações, assédios e agressões enquanto exercem suas funções profissionais. A naturalização desse tipo de violência impõe medo, limita oportunidades e perpetua desigualdades, tornando urgente um compromisso real para enfrentá-la.
Diante da gravidade do ocorrido, o SINJUS reitera a cobrança para que o TJMG adote medidas concretas e eficazes para garantir a segurança das servidoras e dos servidores no desempenho de suas funções. É entendimento do Sindicato que o Poder Judiciário tem responsabilidade direta em assegurar condições seguras e dignas de trabalho para seus servidores. Ademais, é urgente que o combate à violência de gênero seja tratado como prioridade por todas as instituições e não podemos aceitar que servidoras da Justiça mineira ou qualquer mulher sejam vítimas e violência por estarem trabalhando.
O SINJUS reforça sua defesa da segurança e dos direitos das servidoras do Judiciário e espera que as autoridades competentes tomem todas as providências necessárias para que esse crime não fique impune. A violência contra uma mulher é um ataque contra todas, e a negligência nas investigações alimenta um ciclo de novas agressões.
O Sindicato também expressa solidariedade à colega Maria Sueli e reafirma seu compromisso na luta por um ambiente de trabalho seguro, digno e livre de qualquer forma de violência e opressão.
Diretoria Colegiada do SINJUS-MG
FENAJUD
NOTA DE REPÚDIO À AGRESSÃO SOFRIDA POR MARIA SUELI, OFICIALA DE JUSTIÇA, EM MINAS GERAIS
A FENAJUD – Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados, representante de mais de 170 mil servidoras e servidores em todo o país, manifesta seu mais profundo repúdio à violência brutal e covarde sofrida pela oficiala de justiça Maria Sueli Sobrinho, no último sábado (08/03) – Dia Internacional da Mulher, em Ibirité (MG). É INACEITÁVEL e INADMISSÍVEL que uma trabalhadora, uma mulher, no exercício de suas funções públicas, seja agredida dessa maneira! Nenhuma justificativa pode amenizar esse ato criminoso cometido por um agente do Estado contra o próprio Estado, pois a oficiala estava em pleno cumprimento do seu dever institucional, representando, naquele momento o Estado-Juiz.
A servidora foi golpeada com uma cabeçada e um soco no rosto, ficando ferida e hospitalizada. O agressor, um sargento da Polícia Militar, além de atacá-la fisicamente, desdenhou da violência cometida, acreditando-se impune. Essa é a realidade de muitos oficiais de justiça e demais trabalhadores responsáveis por diligências externas, que diariamente enfrentam ameaças, intimidações e agressões, sem qualquer suporte no que tange à segurança por parte do Judiciário ou do Estado.
O caso de Maria Sueli expõe a vergonhosa seletividade da segurança institucional, que protege apenas a magistratura, deixando os servidores completamente desamparados. Até quando os Tribunais de Justiça seguirão omissos diante das violências contra seus próprios trabalhadores? Quantos mais precisarão ser agredidos ou mortos para que medidas efetivas sejam tomadas?
A Fenajud, que está em contato com o SERJUSMIG, sindicato de base do qual a agente pública é filiada, coloca todo o seu aparato e suporte à disposição da servidora e reforça seu compromisso na luta por segurança e dignidade para a categoria. Enquanto isso, o SERJUSMIG informou à Fenajud que já disponibilizou apoio jurídico e psicológico à vítima, garantindo acompanhamento especializado. Além disso, o Sindicato cobrou do TJMG uma reunião urgente para tratar da segurança dos servidores responsáveis pelo cumprimento de diligências externas, exigindo a implementação de protocolos claros, suporte efetivo e treinamento para que casos como esse não se repitam!
A categoria e seus representantes não aceitarão mais omissão!
Exigimos JUSTIÇA para Maria Sueli e segurança para todos os servidores da justiça do país!
Brasília, 10 de março de 2025.